Contos de fadas não dizem às crianças que dragões existem. Crianças já sabem que dragões existem. Contos de fadas dizem às crianças que dragões podem ser mortos.” G.K. Chesterton
Você sabe o que são os contos de fadas?
Os contos de fadas são sínteses morais que antecipam milhares de experiências que a criança poderá ter ao longo da vida. Uma das grandes contribuições da leitura deste gênero é possibilitar as primeiras experiências com o mal e, não privar as crianças de tais “encontros”, as ensina a ordenar seus sentimentos no sentido de temer o que precisa ser temido e admirar atitudes honradas e virtuosas.
Nos contos clássicos o mal é a expressão real da maldade e o bem exprime realmente o que é bom, facilitando a introdução infantil no complexo mundo moral. Desta forma, auxiliam no estabelecimento dos valores e do senso das proporções contribuindo na distinção entre bem e mal, heroísmo e covardia, verdade e falsidade, beleza e fealdade, etc.
Em suma, os contos de fadas educam para o amadurecimento moral sendo uma espécie de treino proporcional à idade para o discernimento. Eles apresentam o fundamento simbólico da inteligência emocional frente as situações concretas que surgirão, direcionando os sentimentos e a ação para o alvo certo.
A importância das fábulas vai além da infância
Atualmente, grande parte dos adultos manifesta capacidades sintéticas enfraquecidas ou até mesmo atrofiadas. Isso é fruto, em grande medida, da educação moderna, que, entre outras coisas, priva as crianças da leitura dos contos clássicos ou, pior ainda, oferece histórias confusas nas quais os símbolos foram subvertidos ou enfraquecidos.
É natural que, com o amadurecimento, o ser humano desenvolva a capacidade analítica da inteligência, entretanto algo que ele nunca deveria perder é a habilidade de captar as coisas sinteticamente.
A criança tem a capacidade inata de reunir e condensar as informações externas que lhe chegam e entende a mensagem que este compilado simbólico transmite. Assim, as emoções que ela vivencia durante a leitura sintetizam e adiantam simbolicamente milhares de episódios que ela talvez venha a viver nos anos seguintes. A criança que não tem um repertório bem formado desses símbolos não os reconhece na experiência concreta e se sente perdida.
Ela não consegue identificar um princípio ordenador para solucionar os problemas que lhe aparecem. Sem este alicerce, a sensação é de confusão e de falta de sentido, pois torna-se difícil inteligir a repercussão emocional do que está acontecendo.
A leitura dos contos de fadas clássicos é um exercício simples, acessível e que contribuirá para o desenvolvimento de um adulto mais inteligente e mais estável em suas emoções. Mas não são somente as crianças que se beneficiam de tais obras: os adultos também podem e devem lê-las na tentativa de reparar os danos causados pela educação que (não) receberam. Que tal correr atrás do tempo perdido rendendo-se aos contos clássicos?
Quero assinar o coubinho, porém, não somos católicos (Judaico Messiânicos), e vi que vcs tem livros sobre santos, Natal e contos de fada (esses livros eu não quero) tem como eu ter acesso a lista de livros que serão enviados e quando for referente a esses temas que citei acima vcs substituírem por outro exemplar?