Inglês e O último dos moicanos

Não há como negar que a prática do homeschooling no Brasil é um caminho repleto de tentativas e erros. No nosso caso não é diferente. Já experimentamos vários métodos e tenho certeza que ainda experimentaremos outros mais, conforme os outros filhos forem crescendo e evidenciando as suas particularidades no processo de aprendizagem. Quando, porém, “acertamos a mão”, então a coisa finalmente deslancha.


Recentemente acertamos a mão com o inglês. Quem nos acompanha desde o início sabe que já utilizei diferentes recursos com a Chloe — para não mencionar o que ela aprendeu no Colégio Israelita durante a educação infantil. Sempre procurei deixá-la mais ou menos intensamente em contato com o idioma de Shakespeare, seja por meio de livrinhos como o “First Words”, de sites como o Duolingo ou de metodologias mais completas como o “English by the natural method”. Todos eles contribuíram em alguma medida, pois aos poucos o vocabulário foi sendo assimilado e consolidado. Agora, porém, fomos além — e de um modo curiosamente não intencional.
Meses atrás o professor Olavo de Carvalho citou o livro “O caçador” como um de seus favoritos. Fomos em busca e, ao que tudo indica, compramos o livro errado, diferente daquele recomendado: o que adquirimos foi escrito por James Fenimore Cooper. Apesar do engano, fomos adiante, e o livro revelou-se uma agradável surpresa. Na edição que adquirimos, além d’O caçador, havia ainda a sua continuação: O patrulheiro. Um sucesso em dose dupla. Um erro que se tornou um grande acerto.

Passado algum tempo, fizemos uma nova compra de livros e, entre eles, um dos exemplares veio no idioma errado: “O último dos moicanos” em inglês. O que nós não sabíamos, porém, é que “O último dos moicanos” também é de autoria de James Fenimore Cooper e — melhor de tudo — é a continuação de “O patrulheiro”! Para encerrar com chave de ouro mais esse erro excepcionalmente oportuno, a edição que recebemos faz parte de uma coleção adaptada pela Penguin para a prática do inglês por meio da… tradução! — conversação não é a nossa prioridade, mas leitura e escrita, sim. E tradução no nível em que acredito que Chloe realmente se encontra: o Elementary, com 600 palavras. Mais providencial e sob medida impossível.

Enfim, voluntariamente, todas as manhãs — inclusive aos domingos — ela reúne caderno, dicionário, livro, lápis, borracha e se debruça sobre mais um empolgante parágrafo de “O último dos moicanos”, permanecendo ali até conseguir concluí-lo. Atualmente ela já está no final do segundo capítulo e está gostando muito, muito, tanto da história quando do método. 🙂

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